Neste blog muita informação sobre a história da Bossa Nova.
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sexta-feira, 30 de novembro de 2007

1961 - O terceiro LP de João Gilberto

Programa de sabado, 01 de dezembro 2007

Entre 10 de março e 28 de setembro de 1961, o inventor da Bossa-Nova, João Gilberto, frequentou os estúdios da gravadora ODEON no Rio de Janeiro, para a concretização de seu terceiro LP. LP este que somado aos dois primeiros, se tornariam os pilares da música moderna até os dias de hoje.

O dois primeiros foram : "Chega de Saudade de 1959", "O Amor, o sorriso e a flor" de 1960 e este de 61 denominado apenas "João Gilberto". Nestes três discos somam-se 35 canções que se tornaram a Biblia da Bossa-Nova e da música moderna no Brasil, com repercussão na música do mundo todo.

A produção deste Lp de 61 foi um tanto quanto tumultuada, Jobim que foi o arranjador dos dois primeiros Lps não quiz participar do terceiro, provavelmente por atritos acontecidos entre ele e João, e Aloysio de Oliveira (produtor também dos mesmos discos) já não estava mais na direção da ODEON (era Aloysio quem colocava os panos quentes nos atritos entre João e Jobim).

Quem assumiu a direção da gravadora foi Ismael Corrêia, e deu total liberdade a João para fazer do jeito que ele quizesse (ele faria isso de qualquer jeito mesmo), e os arranjos então ficaram a cargo de João e do organista Walter Wanderley.





Más a coisa não estava andando, foram gravadas algumas músicas em março e o disco foi paralisado.

Só voltou a andar cinco meses depois, com Tom Jobim assumindo o comando novamente; Como diria Helena Jobim em seu livro sobre seu irmão: "Antonio Carlos Jobim-Um Homem iluminado". Grande Tom e grande João. O fato é que o LP ficou pronto, e como não poderia deixar de ser, maravilhoso, contendo diamantes da nossa música brasileira.

Neste disco João resgatou, poliu, lapidou e trouxe a tona com nova luz, músicas que poderiam ser chamadas da Velha Guarda como: "Saudade da Bahia" e "O Samba da minha Terra (ambas de Dorival Caymmi), "Trenzinho" de Lauro Maia, "A Primeira vez" de Bide e Marçal (sucesso de Orlando Silva em 1940), e também músicas da nova geração da Bossa Nova: "O Barquinho" de Menescal e Bôscoli, músicas de Tom e Vinícius e de dois novos parceiros : Carlos lyra e Vinícius, alem dos sambas "Presente de Natal" de Nelci Noronha e "Bolinha de Papel" do sempre moderno Geraldo Pereira.

Estava pronto "João Gilberto" o terceiro e último LP que João gravaria pela ODEON, e somado aos dois primeiros, são fontes de estudo, reverência e prazer para sempre.

Conheçam e ouçam um pouco mais de "João Gilberto", LP de 1961, neste FORMA E ELENCO, que vai ao ar neste sábado 19hs (Brasil), reprise domingo 11hs (Brasil), e depois aqui no Rádio FORMA E ELENCO. O site para audição on-line é http://www.fm107rc.com.br/ . Boa audição a todos.

Literatura indicada: "Chega de Saudade" do jornalista Ruy Castro (Companhia das Letras); "Folha Explica: João Gilberto - por Zuza Homem de Mello (Publifolha)"

Na seleção musical deste sabado /
Muzikale selectie van deze zaterdag:

Maurício Einhorn e Sebastião Tapajós
Os Cariocas e Leila Pinheiro
Joe Henderson
Milton Nascimento com Herbir Hancock e Wayne Shorter
Pepeu Gomes
Maurício Einhorn
Elis com Tom Jobim e muito mais...



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quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Agenor de Oliveira ou Cartola


Programa de sabado, 24 de novembro 2007Cartola
Este F&E vai falar um pouquinho de mais um dos gênios de nossa música brasileira. O seu nome era Agenor de Oliveira, más ficou conhecido como Cartola. Se estivesse entre nós aqui na terra, teria completado 99 anos no último dia 11 de outubro, e neste mês de novembro, mais precisamente no dia 30, completam 27 anos de seu falecimento.

Más como já disse Salvador Dali (pintor surrealista): "Gênios não morrem", o nosso Cartola é para sempre , sua obra jamais será esquecida, pois é de uma qualidade poética essencial, contida nas coisas simples, que somente alguns escolhidos conseguem transmitir através de sua música ou sua poesia, e Cartola era um destes poucos.

Nascido no Morro do Catete, no Rio de Janeiro, logo se mudou para o Morro da Mangueira, de onde nunca mais se afastaria. Aos 15 anos, logo após a morte de sua mãe, se iniciaria na vida boêmia. Foi nessa nessa época também que ganharia este seu apelido que o acompanharia a vida toda.
Agenor arranjou um emprego como pedreiro, e para impedir que o cimento das obras lhe caisse na cabeça, começou a usar uma cartolinha, ficou para sempre Cartola.

Em 1925, junto com seu amigo Carlos Cachaça, que também se tornou seu mais constante parceiro, foi o fundador do Bloco dos Arengueiros. Da ampliação e fusão com outros blocos existentes no morro, surgiu em 1928 a segunda escola de samba carioca: a Estação Primeira de Mangueira, fundada no dia 28 de abril daquele ano. Quem escolheu o nome e as cores verde e rosa da Escola, foi o próprio Cartola.

A partir dos anos 30 tem diversos sambas seus gravados por grandes nomes da época como: Francisco Alves, Carmen Miranda, Silvio Caldas e Araci de Almeida. No início dos anos 40, Cartola desaparece dos meios musicais, muitos pensaram até que teria morrido. Só foi redescoberto quando em 1956, o cronista Sérgio Porto,o encontrou lavando carros em uma garagem, no bairro de Ipanema, e a noite trabalhava como vigia de edifícios.



Em 64, já em compania de Eusébia Silva do Nascimento, a dona Zica, resolveu abrir um restaurante, que se tornou um ponto de encontro dos legítimos representantes do samba de morro e tambem de jovens compositores da fase pós-Bossa Nova, que foram alertados sobre Cartola, pela eterna musa do movimento, Nara Leão.


Nara, incluíra o samba "O sol nascerá", de Cartola e Elton Medeiros, em seu espetáculo "Opinião", o restaurante era o ZICARTOLA.

O alerta de Nara foi ouvido, e a genialidade do morro passou para a universalidade. Mesmo que para muitos, tardiamente, Cartola gravou quatro discos entre 1974 e 1979, contendo diamantes da música brasileira. Fica a pergunta: Será que as Rosas não falam?
Ouçam neste F&E um pouco mais de, e sobre Cartola.



Na seleção musical deste sabado /
Muzikale selectie van deze zaterdag:
Marcos Valle,
João Donato,
Gal Costa,
OSESP,
Lisa Ono,
Milton Nascimento
e mais algumas surpresas.



P.S.: Nesta última terça feira, a musa Gal Costa, deu uma passadinha pelo site Loronix de nosso amigo Zeca, lógico que ela foi convidada a passar por aqui também. Ela cantando "Acontece" do Cartola, "Camisa Amarela" do Ary Barroso e mais uma surpresa com ela e Donato juntos, vc pode ouvir de joelhos neste F&E.

Gal, aguardamos voce por aqui, e seu cantar, sempre aqui estará.. Tudo de bom á voce e a todos voces que nos vistam aqui neste espaço de música brasileira e informação.

Abraço meu (Leo) e do Martoni.


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quinta-feira, 15 de novembro de 2007

O cantor e compositor Marcos Valle

Programa de sabado, 17 de novembro 2007

Marcos Valle, que é o tema de nosso F&E deste sábado, é um dos mais produtivos e ecléticos dos compositores da música brasileira. Carioca da gema, nasceu em 14/09/43 e aos seis anos começõu a estudar piano clássico, formando-se, alem do piano, em teoria musical pelo conservatório Haydée Lázaro Brandt com apenas 13 anos de idade.




Estudou também acordeon, que era um instrumento da moda, na época e depois passou ao violão.
Em 1961 forma seu primeiro trio, com Edu Lobo e Dori Caymmi, que eram seus amigos de colégio. Nesta época também começa a compor com seu irmão, Paulo Sergio Valle, que é desde então seu principal parceiro e criadores de grandes sucessos.









A primeira composição foi 'Sonho de Maria', e foi gravada pelo Tamba Trio em 63. Já no ano seguinte, Marcos , lança seu primeiro LP chamado 'Samba demais', pela gravadora ODEON. Por esta época começam também os shows, e o destaque vai para as apresentações no teatro Paramount, em São Paulo, que foi o berço da Bossa Nova na terra da garoa.









Lá, Marcos contou com a participação de uma cantora iniciante na apresentação de sua 'Terra de Ninguem', o nome desta jovem era Elis Regina.















Em 65, vai aos EUA, onde sua ´música 'Samba de Verão' chega ao segundo lugar nas paradas de sucesso, numa gravação do pianista e tecladista brasileiro Walter Wanderley















Estava iniciada a carreira de sucesso de nosso Marcos Valle.




Nos anos 70 ele se dedicou bastante as trilhas de novela, destaque para : Vila Sésamo, Véu de Noiva, Pigmaleão, Garra, entre outras.






















Nos EUA gravou com grandes nomes como: Sarah Vaughan e grupo Chicago. Nos anos 90, sua músicas foram redescobertas por
djs ingleses, que as tornaram hits de pistas de dança.
















 Seus discos tem mais relançamentos na Europa e Japão do que no Brasil, e suas músicas são regravadas anualmente por grandes nomes pelo mundo todo. Marcos, atualmente reside no Brasil (Rio) e faz apresentações por diversos países anualmente. Esta é um pouco da carreira de nosso Marcos Valle, conheça um pouco mais, e principalmente ouça mais de Marcos Valle neste FORMA E ELENCO deste sábado.






Na seleção musical deste sabado:
Bebel Gilberto, Sergio Mendes e Maogani Quartet, Tom Jobim, Dom Salvador, Edu Lobo, Zimbo Trio e muito mais.

Um abraço meu (Leo) e de nosso amigo Martoni. Boa audição."


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quinta-feira, 8 de novembro de 2007

O lendário Beco das Garrafas, no Rio de Janeiro


Programa de sabado, 10 de novembro 2007
Olá a todos que nos visitam aqui no site e ouvem o F&E. Obrigado.

Neste sábado vamos falar um pouco sobre alguns dos principais grupos de música instrumental que se formaram a partir de suas apresentações no lendário Beco das Garrafas, no Rio de Janeiro, onde nasceu o Samba-Jazz.







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Tamba TrioGrupos como o do pianista Sergio Sergio MendesMendes e seu sexteto, que depois se tornou o Bossa Rio, o Bossa Três de Luis Carlos Vinhas, o pioneiro Tamba Trio de Luiz Eça, o sexteto de Tenório Jr e muitos outros que só brilhantaram a música brasileira e do mundo.





Na seleção musical deste sabado: Djavan, Tom Jobim e a Nelson Ridle Orq., Nara Leão, João Gilberto, Moacir Santos e muito mais.


Beco das Garrafas Em 49 passos é possível percorrer o Beco das Garrafas!
O Beco das Garrafas fica em Copocabana, na rua Duvivier, numa travessa sem saída, entre os edifícios de números 21 e 37.
O nome Beco das Garrafas decorreu da seguida prática dos moradores dos edifícios em torno, de jogar garrafas nos freqüentadores das boates lá em baixo, e, por ser uma rua estreita e sem saída.
Foi batizado por Sérgio Porto inicialmente como Beco das Garrafadas, reduzido mais tarde para Beco das Garrafas.
Leia mais.. (beco is doodlopend steegje, Martoni)


Não percam e avisem os amigos: Sábado 19hs (Brasil) e domingo 11 da manhã (Brasil) reprise, pelo site: http://www.fm107rc.com.br/ . E depois podem acessar aqui em nosso blog exclusivo produzido por nosso amigo Martoni.

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sexta-feira, 2 de novembro de 2007

O surgimento da sigla MPB e sua antecessora MPM

Programa de sabado, 03 de novembro 2007

Rio 65 TrioOlá amigos do F&E. Neste sábado vamos falar um pouco sobre as origens da sigla MPB, que significa Música Popular Brasileira.

Flora é MPMAntes dela usou-se durante pouco tempo: MPM, que era abreviação de Música Popular Moderna.





Esta MPM começou a ser usada no início dos anos 60 mais ou menos, quando a Bossa Nova e seus criadores, bem dizer já tinham se mudado para o exterior, e seus seguidores, músicos modernos de uma maneira geral, que beberam desta fonte e continuaram a produzir misturando temas brasileiros com jazz e Bossa, com certeza houve alguma tentativa de marketing de gravadoras da época em popularizar o termo, más não pegou.
Meirelles e os Copa 5 - Samba-Jazz

Caetano Veloso num Festival - MPBO que acabou vigorando foi o termo Samba-Jazz para as músicas com bastante improvisos vocais e instrumentais, e MPB que começou a ser usada com o surgimento dos festivais em 1965, mais ou menos.

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Na seleção musical deste sabado: Paulo Moura Hepteto, Rio 65 Trio, Elis Regina, Gal Costa e muito mais....Uma boa audição a todos. Críticas , sugestões e comentários podem ser feitos aqui no site ou pelo e-mail. abraço a todos, meu e do Martoni.

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Aqui / hier tudo/alles aprox. 1 hora / ±1 uur

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